quinta-feira, 24 de julho de 2014

HERPES ZOSTER



Herpes Zoster
Definição
        Herpes Zoster é uma infecção de uma parte do sistema nervoso (ganglios da raiz dorsal) causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VZV). O herpes zoster resulta da reactivação do VZV que permanece latente no organismo desde que houve a infecção primária, que deu origem à varicela.
        Manifesta-se através do aparecimento de lesões nas áreas cutâneas inervadas pelo nervo
infectado pelo vírus.
Agente infeccioso
          O agente infeccioso é o vírus varicela-zoster (VZV) que é um vírus de DNA altamente contagioso.
           Este vírus provoca duas entidades clínicas distintas: a varicela ou catapora e o herpes zoster.
           A varicela é uma infecção omnipresente e extremamente contegiosa, é geralmente uma doença benigna na infância, caracterizada por erupção exantematosa vesiculosa.
Com a reactivação do VZV latente, o herpes zoster manifesta-se na forma de erupção vesiculosa nos dermátomos, geralmente associada a dor intensa.
           O VZV é um membro da família dos herpes vírus, que compartilha características estruturais com outros membros, como o invólucro de lipídeos circundando um nucleocapsídeo com simetria isocaédrica, diametro total de aproximadamente 150 a 200 nm e ADN bica de localização central, com peso molecular de aproximadamente 80 milhões.
Etiologia
        Há quase 100 anos foi reconhecida a existência duma associação clínica entre a varicela ou catapora e o herpes zoster. No início do século XX, foram demonstradas semelhanças nas características histopatológicas das lesões cutâneas produzidas pela varicela e o herpes zoster. Os vírus isolados de pacientes com catapora e herpes-zoster produziram alterações semelhantes em cultura de tecido - especificamente, o aparecimento de inclusões intranucleares eosinofílicas e células gigantes multinucleadas. estes resultados sugeriram que os vírus eram biologicamente semelhantes. As análises do ADN viral por endonuclease de restrição no paciente com varicela  que subsequentemente desenvolveu herpes zoster demonstrou a identidade molecular dos 2 vírus responsáveis por estas diferentes manifestações clínicas.
Patogénese e Anatomia Patológica
Infecção primária
            Esta infecção leva ao aparecimento da varicela
Infecção recorrente
        O mecanismo de reactivação que resulta em herpes zoster permanece desconhecido. Presume-se que o vírus afecte os ganglios da raiz dorsal durante a varicela, onde permanece latente  até que seja reactivado. O exame histopatológico de gânglios representativos da raiz dorsal durante o herpes zoster activo revela hemorragia, edema e infiltração linfocítica.
        A replicação activa do VZV em outros órgãos, como o pulmão ou o cérebro, pode ocorrer durante a varicela ou o herpes zoster, porém é incomum no hospedeiro imunocompetente. O comprometimento pulmonar caracteriza-se por pneumonite intersticial, formação de células gigantes multinucleadas, inclusões intranucleares e hemorragia pulmonar. A infecção do sistema nervoso central (SNC) está associada a evidências histopatológicas de formação de bainha perivascular semelhante àquela observada no sarampo e outras encefalites víricas. A necrose hemorrágica focal do cérebro, que é característica da encefalite pelo herpesvírus-simples, é rara na infecção causada pelo VZV.
Manifestações Clínicas
    O herpes-zoster caracteriza-se por uma erupção vesiculosa unilateral num dermátomo (isto acontece porque a erupção aparece numa área da pele que é suprida por um nervo particular), quase sempre associada a dor intensa.
        Os dermátomos de T3 a L3 são frequentemente afectados. o dermátomo de um nermo craniano mais frequentemente envolvido é o ramo oftálmico do nervo trigémeo, ocorrendo o zoster oftálmico.
A dor desde o ínicio até à resolução do processo é conhecida como dor associada ao zoster.
        O inicio da doença é anunciado por dor no dérmatomo, assim como prurido, hiperestesia e paraestesia que também afectam o dermátomo, podendo preceder as lesões em 48 a 72 horas. Nesta fase que antecede as lesões na pele, o herpes zoster pode ser mal diagnosticado, sendo confundido com a doença cardíaca, pleurisia, núcleo pulposo com hérnia ou variados distúrbios gastrointestinais ou ginecológicos.
        As lesões na pele começam por uma erupção maculopapular eritematosa que rapidamente evolui em lesões vesiculares. As vesículas são geralmente dolorosas, aliás a dor é a principal queixa dos doentes com herpes zoster.
        Geralmente aparecem alguns sintomas associados com a dor como é o caso de depressão, ansiedade e insónias devido à dor severa. Algunas doentes descrevem ainda   na área do zoster, que é devido a uma perda do tónus muscular  que pode ser causada por danos nos nervos que controlam o tónus.
        No hospedeiro normal, as lesões da pele podem permanecer em pequeno número e continuam a formar-se apenas por um período de 3 a 5 dias. Em geral, a duração total da doença é de 7 a 10 dias; contudo, pode durar até 2 a 4 semanas antes de haver normalização da pele.
        Nalguns pacientes foi observada a localização característica de dor num dermátomo com evidência sorológica de herpes zoster, na ausência de lesões cutâneas.
        O herpes zoster é mais grave no hospedeiro imunocomprometido do que no indivíduo normal. As lesões cutâneas continuam a formar-se durante uma semana, e a crosta só se torna completa após 3 semanas de evolução da doença na maioria dos casos. Os pacientes com doença de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin correm maior risco de desenvolver zoster progressivo e a disseminação cutânea ocorre em 40% dos casos, ocorrendo nestes complicações. Todavia, mesmo em pacientes imunocomprometidos, o zoster disseminado raramente é fatal.
        A complicação mais deliberante do herpes zoster tanto no hospedeiro normal como no imunocomprometido consiste em dor associada a nevrite aguda e nevralgia pós-herpética. As alterações de sensibilidade no dermátomo, que resultam em hipo ou hiperestesia, são comuns.
        O herpes zoster localizado pode ser acompanhado de comprometimento do SNC. Muitos pacientes sem sinais de irritação meníngia apresentam pleocitose  do LCR e níveis moderadamente elevados de proteína do LCR. A meningoencefalite sintomática caracteriza-se por cefaléia, febre, fotofobia, meningite e vómitos. Uma rara manifestação de comprometimento do SNC consiste em angiite granulomatosa com hemiplegia contralateral, que pode ser diagnosticada por arteriografia cerebral. As outras manifestações incluem mielite transversa, com ou sem paralisia motora.
    Zoster oftálmico
     Este tipo específico de herpes zoster aparece quando há comprometimento do ramo oftálmico do nervo trigémeo. As lesões espanham-se pela área da bochecha ou da testa até às palpebras superior e inferior.
      Herpes pode causar vermelhidão da conjuntiva. pode também causar pequenos arranhões na córnea. As lesões da córnea podem aumentar o risco de infecção bacteriana do olho. Zoster pode ainda causar inflamação no interior do olho e afectar o nervo óptico da retina.
    Infecções pelo VZV podem levar a vermelhidão, tumefacção, dor, sensibilidade à luz e visão manchada. Várias e graves infecções de Herpes Zoster podem estar associadas a outras alterações, incluindo glaucoma, cicatrizes dentro do olho e formação de cataratas.
    Síndrome de Ramsay Hunt
      A dor e as vesículas aparecem no canal auditivo externo, e os pacientes perdem o sentido do paladar nos dois terços anteriores sa língua, enquanto desenvolvem paralisia facial ipsolateral. Ocorre comprometimento do ganglio genial do ramo sensorial do nervo facial.
Epidemiologia
        O herpes zoster é uma doença esporádica.
        Na maioria dos pacientes, não se obtém nenhuma história de exposição recente a outros indivíduos com infecção por VZV.
        Ocorre em todas as idades, porém a sua incidência é maior (5 a 10 casos por 1000 pessoas) em indivíduos na 6ª a 8ª décadas de vida. É fora do comum em pessoas com menos de 15 anos.
        Foi sugerido que cerca de 2% dos pacientes com herpes zoster desenvolvem um segundo episódio de infecção.
        Pensa-se que o normal decréscimo da imunidade mediada por células relecionado com a idade, conta para o aumento da incidência da reactivação do VZV. Para além deste factor de risco existem outros:
            - Paciente com infecção pelo HIV
            - Paciente com doença de Hodgkin
            - Leucemia ou linfoma
            - Transplante de medula
            - Uso de medicamentos imunossupressivos e anticancerigenos
        A incidência de herpes zoster em pacientes infectados pelo vírus HIV é cerca de 15 vezes maior que em pessoas não infectadas.
        Cerca de 25% dos pacientes com doença de Hodgkin desenvolvem herpes zoster. Os pacientes com doença de Hodgkin e linfoma correm maior risco de desenvolver herpes zoster progressivo. Ocorre disseminação cutânea em ceca de 40% dos pacientes. Dentre os pacientes com disseminação cutânea, o risco de pneumonite, meningoencefalite, hepatite e outras complicações graves apresenta-se aumentado em 5 a 10%.
        Os pacientes que receberam transplante de medula óssea apresentam um risco particularmente elevado de infecção por VZV. Em 30% dos casos, ocorre infecção por VZV em 1 ano após o transplante (50% destes casos em 9 meses); 45% dos pacientes acometidos apresentam disseminação cutânea ou visceral. Nesta situação a taxa de mortalidade é de 10%. A nevralgia pós-herpética, a formação de cicatrizes e a superinfecção bacteriana são especialmente frequentes nas infecções por VZV que ocorrem nos 9 meses após o transplante. Dentre os pacientes infectados a doença enxerto-versus-hospedeiro concomitante aumenta a probabilidade de disseminação e/ou morte.
        Cerca de 20% dos pacientes com zoster desenvolvem nevralgia pós-herpética. O factor de risco mais importante é a idade; esta complicação ocorre cerca de 15 vezes mais em pacientes com mais de 50 anos. Outros factores de risco para o desenvolvimento desta complicação são o zoster oftálmico, história de dor prematura antes do aparecimento das lesões na pele e estado imunocomprometido.
Tratamento
    Tratamento do Herpes Zoster
       O tratamento do herpes zoster tem 3 objectivos principais:
                1. tratamento da infecção viral aguda;
                2. tratamento da dor aguda associada ao herpes zoster;
                3. prevenção da nevralgia pós-herpética;
          São utilizados vários tipos de medicamentos:
      - Agentes antivírais
           Os agentes antivirais tem demonstrado eficácia pela cicatrização acelerada das lesões e resolução da dor associada ao zoster. Quanto mais cedo a medicação é tomada, maior é a hipótese de impedir o vírus de causar danos nos nervos.
            A acção efectiva dos agentes antivirais na prevenção da nevralgia pós-herpética é mais controversa. Baseado em conclusões de vários estudos, a terapia com aciclovir parece produzir uma redução moderada do desenvolvimento de nevralgia pós-herpética. Outros agentes antivirais, especificamente valaciclovir e famciclovir, parecem ser pelo menos tão efectivo quanto o aciclovir.
            Aciclovir, um protótipo de um medicamento antiviral, é um inibidor da DNA polimerase. As principais desvantagens do aciclovir administrado por via oral incluem a sua baixa utilidade comparada com outros agentes e a sua frequência de dosagem (5 vezes por dia). A posologia do aciclovir oral é de 800 mg/dia durante 7 a 10 dias.
            Os hospedeiros imunocomprometidos com herpes zoster devem ser tratados com aciclovir por via intravenosa, que reduz a ocorrência de complicações viscerais, mas que não exerce nenhum efeito sobre a cicatrização das lesões cutâneas ou o alívio da dor. A dose é de 10 a 12,5 mg/kg a cada 8 horas durante 7 dias. Estas recomendações de tratamento aplicam-se a pacientes imunocomprometidos com herpes -zoster disseminado. O tratamento com aciclovir por via oral não é recomendado para o controle das infecções por VZV em pacientes imunocomprometidos. Juntamente com a administração de aciclovir intravenoso, é conveniente tentar suspender o tratamento imunossupressor nestes pacientes.
            Valaciclovir, a pró-droga do aciclovir, acelera a cicatrização e a resolução da dor associada ao zoster mais rapidamente do que o aciclovir. A dose é de 1 g por via oral, 3 vezes ao dis durante 7 a 10 dias.
            Fanciclovir, a pró-droga do penciclovir, é pelo menos tão efectivo quanto o aciclovir ou talvez mais. Um estudo recente demonstrou uma resolução duas vezes mais rápida da nevralgia pós-herpética em pacientes com zoster tratados com fanciclovir em comparação com pacientes aos quais foi administrado placebo. A dose é de 500 mg por via oral, 3 vezes ao dia durante 7 a 10 dias.
            Ambos os fármacos oferecem a vantagem de uma menor frequência de doses.
        - Corticoesteróides
           Corticosteróides administrados oralmente são normalmente utilizados no tratamento do herpes zoster.
            Prednisona utilizado em conjunto com aciclovir mostrou que reduz a intensidade e duração da dor associada ao herpes zoster. A dose oral de prednisona foi de 60 mg/dia nos dias 1 a 7, 30 mg/dia nos dias 15 a 21.
        - Analgésicos
           Pacientes com dor leve ou moderada podem responder a analgésicos. Pacientes com dor mais severa podem necessitar da adição de medicamentos narcóticos.
            Loções contendo calamina podem ser utilizadas nas lesões abertas para reduzir a dor e o prurido. Quando as lesões ganham crosta, capsaicin creme pode ser aplicado. Licocaina e bloqueadores nervosos têm também um efeito efectivo na redução da dor.
        - Narcóticos
           Tais como a morfina, hidromorfina ou metadona.
            Podem fornecer um bom alívio da dor sem efeitos colaterais em muitos pacientes. Na maior parte dos casos, não deve haver preocupação com o desenvolvimento de vício quando estas drogas são utilizadas para tratar a dor severa.
        - Anti-depressivos triciclícos
           Tais como a anitriptilina e nortriptilina.
            Um estudo mostrou que a administração de anti-depresivos tricíclicos durante as primeiras fases do zoster pode ajudar a reduzir a dor e ajudar a reduzir a hipótise de desenvolver dor crónica da nevralgia pós-herpética.
       Tratamento da nevralgia pós-herpética
       Não existem tratamentos que revertam os danos causados pelo zoster, apenas existem tratamento para aliviar a dor associada à nevralgia pós-herpética. Alguns tratamentos resultam melhor num pacientes que noutros, e alguns causam efeitos colaterais em alguns pacientes mas nenhuns noutros. No tratamento podem ser utilizados:
        - Agentes tópicos (licocaina  e capsaicin creme)
        - Anti-depressivos tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina, imipramina ou desipramina)
        - Anti-convulsivos
        - Opióides
        - Terapias não medicamentosas
Complicações
        Podem ocorrer complicações da infecção pelo VZV, tais como:
            - Infecção secundária nas vesículas formadas
            - Ulceração córnea (no caso do zoster oftálmico)
            - Nevralgia pós-herpética
            A nevralgia pós-herpética é a complicação mais comum e manifesta-se por uma dor crónica, que persiste por meses ou anos nos nervos sensitivos, onde estavam as bolhas. Os pacientes que desenvolvem nevralgia pós-herpética (PHN) dizem que a dor é menos severa que a dor associada ao herpes zoster, mas que mesmo assim é intensa. Mesmo o toque da roupa, os movimentos na cama ou o vento podem despoletar a dor.  O diagnóstico da nevralgia pós-herpética é fácil, pois os pacientes que apresentam dor crónica após o desaparecimento das lesões têm PHN. A zona de dor pode ser maior ou  menor que a zona afectada pelo herpes zoster.

 Postado por Alberto(CABB)

sábado, 19 de julho de 2014

ELIMINE AS DORES DO NERSO CIÁTICO




Publicado por Redação em 20/12/2010 às 14h25
Muita gente só descobre que este nervo existe quando ele reclama e provoca dores insuportáveis. Para que elas não façam parte da sua vida, saiba mais sobre o ciático, descubra as causas da dor e as boas maneiras para dar um adeus a elas
Texto • Analice Bonatto
 
Engana-se quem pensa que as temidas dores no nervo ciático são sintomas de velhice. Há algum tempo, isso era mesmo verdade. Mas hoje em dia cada vez mais jovens sofrem com a dolorida irritação desse nervo. E isso graças, em grande parte, aos maus hábitos rotineiros, como uma postura incorreta e a prática de esportes de maneira inadequada (sem um aquecimento prévio, por exemplo).
“Entre os motivos que levam os jovens a sofrerem com as dores ciáticas estão o hábito de passar muitas horas em uma mesma posição e o sedentarismo generalizado, assim como a sobrecarga física e emocional, que é tão comum hoje em dia”, avalia a fisioterapeuta Fernanda Ferrareze, especialista em acupuntura e em RPG. Segundo ela, a incidência do problema, que antes era maior aos 40 anos, hoje se concentra já por volta das 30 primaveras.
O fisioterapeuta Aya Nawa, especializado em shiatsu, explica que a sensação tão indesejada de dor ciática, apesar de bastante comum e normalmente associada aos maus-hábitos posturais, merece uma análise extremamente cuidadosa, já que pode representar problemas mais sérios. “Muitas vezes, o desconforto é um caso de lombalgia (dor na região lombar), que pode estar acompanhada de inflamação ou outra anormalidade relacionada ao nervo ciático, que passa nessa região”, diz ele.
No entanto, a reclamação pode representar também um caso de hérnia de disco, o que requer o cuidado de um médico tradicional, já que pode ser necessário até mesmo passar por uma cirurgia corretiva.
A sensação da dor ciática pode ser de formigamento na perna, associado a dores que lembram facadas na região lombar. Ela percorre os membros inferiores e pode se manifestar apenas em uma, como acontece na maioria das vezes, ou em ambas as pernas. É uma dor bastante chata, descrita por quem a sente como “um formigamento pulsante que irradia até o pé”.

Dor no nervo ciático


Introdução
A dor ciática corresponde a uma dor persistente percebida ao longo do nervo ciático, que se inicia na parte inferior das costas, passa abaixo das nádegas e vai até a parte mais baixa das pernas. Este é o nervo mais longo do corpo. A dor aparece quando este nervo está irritado através de uma inflamação, por uma compressão externa decorrente de uma artrite ou pelo deslocamento do disco intervertebral (hérnia de disco) na coluna lombar.
Quadro Clínico
A dor ciática causa um desconforto que começa na parte inferior das costas e se espalha pelas nádegas, pernas, tornozelos e, ocasionalmente, para o pé. A dor geralmente é sentida como um entorpecimento, uma pontada ou uma queimação. Às vezes, começa gradualmente, piora durante a noite, e é agravada pelos movimentos. A dor ciática também pode causar formigamento, parestesias (baixa sensibilidade) ou fraqueza nos músculos da perna afetada.
Diagnóstico
O médico irá revisar os sintomas e a história clínica completa, perguntando se você tem dor nas costas que se esparrama para a perna, e se você tem fraqueza muscular em suas pernas ou pés. Ele também irá querer saber se você teve qualquer trauma, febre, problemas para controlar seus intestinos ou a bexiga, se você teve câncer de qualquer tipo no passado e se você perdeu peso recentemente. Estas perguntas são importantes porque se estes sintomas estiverem presentes, a causa da dor ciática poderá ser um problema sério, como uma fratura óssea ou uma infecção.
O médico o examinará, prestando atenção especial à espinha e às pernas. Ele pode lhe pedir que execute umas séries de testes que irão checar sua força muscular, seus reflexos e sua flexibilidade, procurando problemas em sua coluna vertebral e nos nervos relacionados. Ele poderá solicitar Radiografias, uma Tomografia Computadorizada (a TC) ou um Exame de Imagem de Ressonância Magnética (IRM) para afastar problemas nas vértebras (coluna vertebral) - ela pode estar irritada ou pode estar comprimindo seu nervo ciático.
O diagnóstico é baseado principalmente em seus sintomas, embora um exame físico seja importante para procurar evidências de lesões do nervo ou outra explicação para os sintomas. Porém, um exame físico normal é comum em pessoas com dor ciática. Embora os testes possam ser importantes em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito até mesmo quando os resultados forem normais.
Prevenção
Uma vez que a dor ciática tenha passado, existem exercícios, alongamentos e outras medidas que podem impedi-la de retornar. Um fisioterapeuta poderá desenvolver um programa completo e personalizado. Abaixo apresentamos alguns passos que você pode seguir:
· Pratique boa postura: Levante-se sempre com a cabeça alinhada com seus ombros, seus ombros alinhados com seus quadris e suas nádegas fazendo a curvatura. Seus joelhos devem ser ligeiramente dobrados.
· Faça abdominais: Estes exercícios fortalecem os músculos abdominais que ajudam a apoiar sua região lombar. Deite-se no chão com suas costas, mãos atrás de sua cabeça e joelhos dobrados. Firme sua região lombar ao chão, erga seus ombros para cima aproximadamente 30 cm. acima do chão, depois os abaixe. Repita o exercício 10 a 20 vezes, uma vez ao dia.
· Caminhe / Nade: Caminhar e nadar podem ajudar a fortalecer sua região lombar.
· Levante os objetos adequadamente: Levante sempre de uma posição se agachando primeiro, usando seus quadris e pernas para fazer o trabalho pesado. Nunca se agache e erga usando as costas (região lombar).
· Evite sentar ou ficar de pé por longos períodos: Se você sentar no trabalho, dê intervalos regulares para ficar de pé e caminhar um pouco.
· Use uma postura adequada para dormir: Tira a pressão de suas costas dormindo de lado ou colocando um travesseiro sob seus joelhos.
· Extensão: Sente-se em uma cadeira e faça movimentos de dobra com as mãos em direção ao solo. Pare quando você sentir um desconforto leve, segure durante 30 segundos, então relaxe. Repita seis a oito vezes.
· Evite usar sapatos de salto alto. Sapatos com saltos com mais de 2,5 centímetros alteram seu centro de gravidade, tirando o corpo de seu alinhamento.
Tratamento
A dor ciática normalmente pode ser tratada com sucesso por um período breve de descanso e diminuição da atividade, seguidos de exercícios para melhorar a mobilidade e fortalecer as costas. Se os sintomas persistirem, a fisioterapia pode ser útil. Para aliviar a inflamação ao redor do nervo, pode ser recomendável que você alterne o uso de compressas quentes e frias.
Você também pode precisar tomar um analgésico como o Acetaminofen (Tylenol) para a dor, ou remédios antiinflamatórios, como o Naproxeno (Naprosin), Diclofenado (Voltaren) ou a Aspirina para aliviar a dor e a inflamação. Medicamentos para tratar dores de origem nervosa crônica podem ser úteis. Eles incluem a Amitriptilina ou a Gabapentina (Neurontin). Em casos graves, uma injeção de um anestésico de longa duração com um medicamento corticóide pode dar alívio. Estas injeções são executadas tipicamente em centros que se especializam em tratamento de dor. Raramente, a cirurgia é necessária, como por exemplo, quando a dor ciática é causada por uma hérnia de disco.
Qual médico procurar?
Marque uma consulta com um Ortopedista se a dor ciática piora após alguns dias, ou se ela começa a interferir significativamente com suas atividades diárias. Procure o pronto socorro imediatamente se você sofrer uma fraqueza súbita e extrema em suas pernas, um entorpecimento na virilha ou no reto, ou dificuldades em controlar a bexiga ou a função do intestino. Estes sintomas podem indicar que os nervos que vão para a bacia estão comprimidos. Esta condição pode causar dano permanente se não for tratada com prontidão.
Prognóstico
A vasta maioria dos casos de dor ciática pode ser controlada com cuidados simples em casa. Para a maioria das pessoas, as medidas preventivas básicas são bastantes para impedir que a dor ciática volte e se torne crônica ou periódica. Um sub-conjunto relativamente pequeno de pessoas com dor ciática requer cirurgia, eventualmente aqueles com sintomas severos ou persistentes causados por um disco herniado.
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Alívio para dor no nervo ciático
Postado em 01/07/2010, por Nils, na categoria Dicas de massagem
Pontos da reflexologia para dor no nervo ciático.
Por Adilson de Almeida | Naturólogo e Massoterapeuta
A ciatalgia, tipo de dor provocada pelo acometimento ou inflamação dos nervos ciáticos, pode ocorrer por multiplos fatores: problemas musculares, problemas vicerais, má postura, sapatos com saltos muito alto, sedentarismo, execesso de atividades físicas etc.
Para outras informações sobre o nervo ciático clique aqui ou faz uma pergunta ou comentário sobre o assunto…
Além dos tratamentos convencionais que o leitor possa estar fazendo, sugerimos uma sequencia de manobras da Reflexologia, as quais observamos ser muito eficiente contra os desconfortos destes sintomas, podendo tanto acelerar e/ou potencializar o processo de cura como prevenir e ainda, se bem aplicadas promover alivio imediato.
Lembramos que a pressão nas areas que vamos indicar devem ser firme, porém, no limite de sua sensiblidade, devem ser tambem cadenciadas:
  1. (a)zona reflexa do ciatico propriamente
  2. (b)zona reflexa dos músculos pélvicos
  3. ©linha do ciático
  4. (d)zonas reflexas lombar e sacral
  5. (e)plexo solar
Para não haver dúvidas quanto a localização dos pontos reflexos oriente-se pelas figuras.
Obs.: O tratamento feito com base na reflexologia não trabalha apenas a parte afetadas e sim todos os orgãos e sistemas que possam estar envolvidos. 
Postado por Alberto(CABB)

segunda-feira, 14 de julho de 2014

NUTRIÇÃO PARA IDOSO



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  Dieta para maiores
Com o envelhecimento, o corpo passa por mudanças que interferem diretamente no funcionamento do sistema digestório, no apetite e nas necessidades nutricionais diárias. Por isso, quem já passou dos 60 deve ter uma atenção redobrada na hora de escolher o cardápio

POR LILIAN HIRATA
FOTOS FERNANDO GARDINALI

http://revistavivasaude.uol.com.br/arquivosold/imagens/transp.gifALÉM DA ALIMENTAÇÃO

Se mesmo com uma dieta balanceada, a quantidade ideal de nutrientes não for atingida, a suplementação de vitaminas e minerais é o caminho. Há boas razões para isso. Em decorrência da osteoporose senil, por exemplo, que enfraquece os ossos após os 60 anos, o consumo de cálcio (mineral que auxilia na formação e fortalecimento ósseo) deve ser aumentado. O estômago também já não produz ácido clorídrico (uma das substâncias que compõem o suco gástrico) como antes, o que pode afetar a absorção da vitamina B12 (encontrada em alimentos de origem animal). Essa deficiência, por sua vez, está relacionada a doenças, como o mal de Parkinson. Vale ressaltar que as necessidades nutricionais são individuais e só percebidas por meio de exames. E apenas um médico pode indicar a suplementação, se necessária.
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FONTE: NUTRITION MAGAZINE - PIRÂMIDE ALIMENTAR INDICADA PARA A DIETA DE IDOSOS ACIMA DE 70 ANOS NOS ESTADOS UNIDOS
Sugestão de cardápio
CAFÉ DA MANHÃ
1 xíc. (200 ml) de café com leite integral (prefira leite desnatado, se houver problemas com os níveis de colesterol)
2 fatias de pão integral com um pouco de margarina (1 ponta de faca)
1/2 mamão (fruta laxativa, ajuda no funcionamento intestinal e fornece minerais e vitamina E)
COLAÇÃO
1 copo (250 ml) de vitamina de fruta (fonte de vitaminas, minerais e fibras)

ALMOÇO
8 col. (sopa) de macarrão cozido (energia), com 1 concha de molho de tomate (fonte de licopeno, que auxilia na prevenção do câncer de próstata)
1 porção de frango sem pele e assado (para reduzir calorias e gorduras)
salada de folhas verdes picadas (fonte de fibras), à vontade, temperada com 1 fio de azeite
1 taça de salada de frutas picadas (fonte de vitaminas, minerais e fibras)
CAFÉ DA TARDE
2 fatias de pão (escolha pães macios que facilitam a mastigação) + 2 fatias de ricota temperada
1 copo (250ml) de suco de laranja (fonte de vitamina C)

JANTAR
8 col. (sopa) de arroz branco cozido (carboidrato, alimento energético)
1 concha de feijão cozido (proteína e fibras solúveis)
1 pedaço de carne cozida com molho (proteína)
3 col. (sopa) de abobrinha na salsa
1 fatia de pudim
CEIA
5 unidades de biscoito salgado
1 ou 2 xíc. de chá de ervas
FONTE: GLÁUCIA KAMIKADO PIVI, NUTRICIONISTA DE SÃO PAULO, ESPECIALIZADA NO TRATAMENTO DE IDOSOS

PRODUCÃO: LUANA PRADE. CABELO E MAQUIAGEM: ROBERTO FERNANDES. ILUSTRAÇÃO: ROBINSON ONIAS. AGRADECIMENTOS: LACOSTE (ROUPAS) E CAMICADO (PRATO RASO)

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